Previna-se do golpe do falso intermediário de vendas. Caso do Influencer Digital Moçambicano Coelinho
Publicado em 2 de julho de 2023 (Último modificado em 9 de julho de 2024) • 5 min de leitura • 899 palavrasO golpe do falso intermediário é uma fraude em que um indivíduo se apresenta como intermediário em uma transação entre um cliente e vendedor. Ele convence o cliente a confiar nele para receber o pagamento do produto pertecente ao vendedor.
O golpe do falso intermediário é uma fraude em que um indivíduo se apresenta como intermediário em uma transação entre um cliente e vendedor. Ele convence o cliente a confiar nele para receber o pagamento do produto pertecente ao vendedor. No entanto, após o comprador transferir o valor para o suposto intermediário, ele desaparece sem concluir a transação, deixando tanto o vendedor quanto o comprador lesados. É essencial ter cuidado ao lidar com intermediários desconhecidos e sempre verificar a legitimidade e histórico das pessoas envolvidas em uma negociação.
No dia 28 de julho de 2023, o influenciador moçambicano Coelinho, também conhecido como Dom Coelho, compartilhou uma situação que vivenciou no dia anterior. Ele havia anunciado nas redes sociais a venda do seu carro pessoal, com todos os detalhes, incluindo preço e fotos.
Como o golpe acontece:
No dia anterior, uma pessoa interessada entrou em contato com o vendedor do carro após ver o anúncio. Durante a negociação por telefone, o preço foi negociado e reduzido para 250.000,00 MT. Dom Coelho enviou detalhes e fotos do carro pelo WhatsApp para o interessado.
Na verdade, o interessado era um intermediário e tinha um cliente para a viatura. Assim sendo, o intermediário pediu a Dom Coelho para fazer uma apresentação do carro ao seu cliente. Na verdade, o cliente já havia comprado um carro dele, e efectuado o pagamento h’a muito tempo, segundo o mesmo intermediário. Porém o seu carro era de cilindrada 1.5, e o cliente estava mais interessado numa viatura com o mesmo modelo mas de cilindrada 1.3, como o de Dom Coelho. O intermediário pediu ainda que em nenhum momento Dom Coelo devia partilhar estes termos da venda. Sem nada desconfiar, Coelinho concordou com estes termos.
Dom Coelho foi instruído a encontrar o suposto cliente em um local específico, uma loja Shoprite em Matola. Quando chegou lá, o cliente inicialmente disse que não gostou do carro devido a alguns pequenos defeitos tendo os dois desistido do negócio. Mas se protinficou para transferir 600 MT de combustível que Dom Coelho havia gasto para chegar até o local da venda. O primeiro sinal de alerta surgiu quando o cliente tentou transferir o valor de combustível para Dom Coelho usando um número de carteira móvel desconhecido por este (+258 85 070 5447). O cliente achou estranho, pois já haviam conversado usando aquele número anteriormente, mas corrigiram o erro.
Enquanto estavam saindo do local, o comprador parecia estar em comunicação com o intermediário. E bruscamente, em um momento decisivo, o comprador decidiu ficar com o carro, alegando que o intermediário iria corrigir os defeitos encontrados. Dom Coelho concordou, mas disse que entregaria o carro somente após a confirmação do pagamento combinado.
Durante o dia, Dom Coelho aguardou a confirmação, que demorava a chegar. Após a passagem de pastante tempo de espera, foi se descobrir que afinal das contas, o cliente e o intermediário estavam negociando entre eles, e o comprador transferiu para o intermediário um novo valor combinado de 160.000 MT, bem abaixo do valor inicial do carro, mas que iria ser depois transferido para o vendedor do carro. No entanto, o tal valor nunca era transferido e alguns instantes depois o número do intermediário já estava fora de serviço.
Desfecho: Quando o comprador exigiu a chave do carro, alegando que já havia transferido o valor, Dom Coelho se recusou, pois ainda não havia recebido a confirmação do intermediário. Ao ligarem para o intermediário, o telefone já estava desligado.
O desfecho do caso foi que Dom Coelho e o comprador acabaram indo à esquadra de polícia, onde já afinal haviam já outros 4 casos envolvendo o mesmo intermediário chamado Ismael. Durante a discussão, foi revelado que o mesmo tipo de golpe era aplicado também na venda de celulares.
Desfecho 2
Dom Coelho acabou cedendo e vendendo o carro por um valor muito menor, por apelo do comprador, para evitar mais gastos e disputas legais, pois ninguém sairia ganhando da situação.
Após investigações, foi possível rastrear o número da conta para onde o valor foi transferido, chegando até ao número de identidade e à cópia do documento do titular da conta. Foi constatado também que o indivíduo havia retirado dinheiro em um caixa eletrônico (15.000 MT) e feito uma retirada de 150.000 MT em uma loja da Vodacom utilizando a máquina de pagamento (POS).
Dom Coelho também percebeu que havia coincidência nos números. Tanto o intermediário quanto o comprador estavam usando o mesmo número. O intermediário encontrava uma maneira de cruzar as chamadas entre o comprador e Dom Coelho. Dom Coelho suspeita que os números de telefone foram comprometidos de alguma forma, possivelmente por meio de cibercrime, mas também pode ter sido uma forma de engenharia social.
Lições
Em elaboração, acompanhe aqui brevemente.
Alerta: Aviso sobre Fraudes Eletrônicas
Este blog tem como objetivo alertar os leitores sobre possíveis fraudes eletrônicas. É importante ressaltar que, antes de fazer qualquer doação ou contribuição para causas de caridade, é essencial verificar a legitimidade da causa. Alguns sinais de alerta incluem o uso de fotos falsas de outras pessoas, números de contas repetidos ou suspeitos e falta de informações claras sobre a organização. Recomendamos cautela ao lidar com solicitações online e realizar pesquisas adicionais para garantir a confiabilidade da organização. Fique atento(a) e proteja-se contra possíveis fraudes eletrônicas.
oficinaticmoz@gmail.com